
Introdução breve:
O que a roda, o fogo e a internet têm em comum? Todas surgiram como respostas às necessidades de sua época, representando inovações que transformaram completamente a vida humana como ela era. Assim também são as tecnologias emergentes: soluções que nascem de forma contínua para atender a dinamicidade da sociedade atual. Muitas delas, embora já formuladas e até mesmo aplicadas, ainda não são amplamente conhecidas.
No contexto da biotecnologia não é diferente, embora, as inovações na área da saúde sejam as mais divulgadas, todos os setores – como da indústria, agricultura e meio ambiente – apresentam tecnologias emergentes cujo surgimento influenciará na reformulação de práticas tradicionais.
Sendo assim, conhecer as tecnologias emergentes que têm sido desenvolvidas dentro de cada área é essencial para entender os fatores moldarão o futuro da biotecnologia.
Tecnologias emergentes na biotecnologia
1. Bioimpressão 3D
No âmbito da saúde, ou biotecnologia vermelha, existe uma tecnologia com grande potencial de revolucionar procedimentos: a bioimpressão. Ela é uma ferramenta da engenharia de tecidos voltada à criação de órgãos e tecidos artificiais biocompatíveis, com capacidade de substituir ou reparar estruturas danificadas, além de servir para estudos de fármacos. Seu processo envolve a produção dessas estruturas por meio da combinação de células com materiais biocompatíveis — como a bio-tinta — e impressão 3D em camadas. As etapas incluem modelagem digital, preparação da bio-tinta (com células, hidrogéis e nutrientes), impressão camada por camada conforme o modelo digital e, por fim, a maturação do tecido ou órgão. Assim, o fator produzido pode ser aplicado em estudos e testes.
Atualmente, a bioimpressão é usada na produção de cartilagens, mini-órgãos e até órgãos para transplante. Contudo, ainda há desafios quanto ao custo, acesso e formulação exata da bio-tinta, especialmente no que se refere à sobrevivência celular. Apesar disso, a bioimpressão 3D apresenta grande potencial para substituir procedimentos tradicionais.
2. Edição genética CRISPR em plantas
Já na biotecnologia verde, ou área agrícola e ambiental, há transformações de forma contínua, para que assim consiga atender a demanda do mercado, não só no fator consumo, mas no fator inovação, visto que o setor agro é extenso e impacta diretamente no cotidiano da população. Nesse contexto, surge Clustered Regularly Interspaced Short Palindromic Repeats (CRISPR), ou Conjunto de Repetições Palindrômicas Curtas Regularmente Espaçadas, que é uma abordagem de melhoramento genético cujo enfoque é voltado para desenvolver a resistência em plantas, como resistência a temperaturas extremas, tolerância aos herbicidas, e estresses ambientais como salinidade, seca e até mesmo aumento de produtividade e de produção agrícola.
A técnica funciona como uma ferramenta que utiliza uma “tesoura molecular”, ou seja, uma enzima, para fazer edição gênica, e então no local onde houve a edição pode ser acrescido uma nova função em detrimento da alteração de características da planta. Apesar de seu grande potencial para modificar o agronegócio como ele é, ainda existem desafios a serem superados para a instauração total da técnica que pode moldar o futuro da biotecnologia.
3. Inteligência artificial em genética
Outra área promissora, é o setor de bioinformática, também chamada de biotecnologia dourada, o qual se desenvolve a partir da análise de meios biológicos de forma computacional, podendo atuar em algumas áreas como: genômica, transcriptômica, proteômica, bioinformática com Inteligência artificial e machine learning. Sendo essa última, a área a ser abordada, visto que, a inteligência artificial tem mudado a forma como o mundo se movimenta, e suas aplicações são diversas, entre elas está o desenvolvimento recente de algoritmos que tenham a capacidade de descobrir padrões e observar resultados esperados.
Alguns exemplos de sua aplicação, é o desenvolvimento de uma inteligência artificial que descubra diagnósticos, ou prever mutações no DNA que são responsáveis por causar doenças, bem como identificar o tipo de câncer com base na sua expressão gênica, observar o comportamento de moléculas no organismo, prevendo como irão reagir no corpo. De forma geral, estes avanços tem a capacidade de reestruturar diversos sistemas presentes, como evitar diagnósticos tardios, a necessidade realizar experimentos em laboratórios, e muitos outros que ao todo ajudam a reformular a ciência e impulsionam o progresso cientifico.
Conclusão
Diante dos fatos mencionados, vale a pena aprender sobre as tecnologias que moldarão nosso futuro, visto que em breve farão parte do nosso cotidiano, e conhecer seu poder transformador torna mais fácil sua aceitação e entendimento além de reforçar a necessidade do investimento em biotecnologia e seus avanços. Tecnologias como CRISPR, inteligência artificial e bioimpressão compactuam para a inovação desses setores e auxiliam na formulação de uma nova era, assim como a Protos Biotec Jr., que desde já tem se mostrado uma empresa inovadora quando o quesito é tecnologias que moldarão a biotecnologia futuramente, dado que seus serviços envolvem aspectos transformadores como bioinformática na área genômica, análises laboratoriais, reutilização de leveduras, e dessa forma compactuam para um progresso que acompanha as mudanças de um futuro eminente.
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REFERÊNCIAS
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