A bioinformática, é uma área da biologia que une a informática e a estatística, tornando-se essencial na análise do crescente volume de dados biológicos gerados pelas tecnologias. No entanto, como em qualquer área complexa, a sua prática está sujeita a erros que podem comprometer a validade e a interpretação dos resultados, e evitar esses deslizes é crucial para a produção de uma ciência de qualidade.
Além disso, é comum ocorrer erros na má gestão e anotação de dados. “A rastreabilidade e a reprodutibilidade na análise bioinformática dependem fundamentalmente da organização e da documentação rigorosa dos dados brutos e processados”. (O’Donoghue, 2021). Sem um sistema de organização eficiente, torna-se praticamente impossível replicar análises ou rastrear a origem desses erros.
Outro erro é a escolha inadequada de ferramentas e algoritmos. A ampla variedade de softwares e pacotes disponíveis pode ser irresistível, e selecionar a ferramenta errada para a pergunta biológica em questão pode levar a conclusões absurdas. “A familiaridade com os princípios subjacentes dos algoritmos utilizados é tão importante quanto a habilidade de operá-los” (Schneider, 2010). A simples execução de um software sem entender seus pressupostos e limitações pode gerar artefatos e interpretações falhas.
A falta de validação dos resultados é um erro que mina a confiança nas análises bioinformáticas. “A validação independente, utilizando diferentes conjuntos de dados ou metodologias complementares, é essencial para confirmar a robustez das descobertas” (Noble, 2009). Confiar em uma única abordagem sem buscar sua origem pode levar a falsas descobertas.
Por fim, a falta de comunicação clara e colaboração pode levar a mal-entendidos e erros na interpretação dos resultados biológicos. “A bioinformática é inerentemente colaborativa, e a comunicação eficaz entre biólogos, cientistas da computação e estatísticos é fundamental para garantir que as perguntas biológicas sejam adequadamente traduzidas em análises computacionais e que os resultados sejam interpretados no contexto biológico correto” (Gibas, 2001).
Portanto, evitar os erros mais comuns na bioinformática requer atenção aos detalhes em todas as etapas do processo e a Protos Biotec Jr. oferece o serviços de Análise Bioinformática. Para saber mais sobre os nossos serviços, contate-nos!
Referências
GIBAS, C. L.; JAMBECK, P. Developing bioinformatics computer skills. ” O’Reilly Media, Inc.”, 2001.
NOBLE, W. S. What is a support vector machine? Nature Biotechnology, v. 24, n. 12, p. 1565-1567, 2006. Disponível em: https://doi.org/10.1038/nbt1206-1565 Acesso em 07 de agosto de 2025.
O’DONOGHUE, S. I., et al. FAIR data principles for reproducible bioinformatics. Nature Biotechnology, v. 39, n. 5, p. 535-544, 2021.
SCHNEIDER, T. D. Information theory primer. [S. l.]: National Institutes of Health, Molecular Information Theory and Analysis Group, 2010. Disponível em: https://www2.psychology.uiowa.edu/faculty/mordkoff/InfoProc/pdfs/ITprimer.pdf. Acesso em: 7 agosto de 2025.