A programação é uma área do conhecimento muito ampla, afinal, há diversas versões e interpretações do que a pessoa entende por programação. Mas é um consenso para todos que têm experiência na área que programação é uma arte, sendo necessário tempo e esforço para que se aperfeiçoe os aprendizados da variedade de vertentes que a programação pode te levar. Fato é, quando tudo é desconhecido, qualquer coisa pode parecer assustadora, principalmente quando olhamos para a tela do computador e nos deparamos com uma imensidão de códigos que sequer fazem sentido em nossa compreensão. Nessa situação, vale-se recordar que a maneira mais difícil de aprender programar é não querer aprender programar. A programação pode vir a se tornar um hobby ou até mesmo uma profissão, afinal, quem estuda programação precisa saber programar.
O Python, como um software livre disponibilizado pelo trabalho da Python Foundation e diversos colaboradores, é uma linguagem de programação ideal para quem deseja aprender programação, uma vez que apresenta em sua fundamentação uma linguagem de nítida simplicidade e clareza.Mas não se engane com a simplicidade inicial de programar em Python: quanto mais se aprende, mais complexas se tornam as operações e mais sofisticadas as funcionalidades que se pode criar.
Justamente por essa causa, ferramentas indispensáveis para áreas de estudo necessárias hoje em dia, como é a Bioinformática, possuem bibliotecas especializadas para análises bioinformáticas, isso é, pacotes de funcionalidades em Python que podem ser importados para a linguagem e que auxiliam no dia a dia dos bioinformatas, permitindo realizar funções desde importar uma pequena sequência de bases que representam um gene específico, até realizar comparações desta sequência com sequências pertencentes à maior base de dados mundial.
Para Python, a biblioteca mais comumente utilizada é a biblioteca Biopython ( http://www.biopython.org ). Como já abordado superficialmente, a biblioteca disponibiliza uma vasta gama de pacotes, módulos e classes que permitem a manipulação, análise e anotação de sequências biológicas, além de permitir o acesso destas a diversos bancos de dados online. Nesse sentido, a biblioteca permite a entrada de arquivos adquiridos por diversos programas, como principalmente: BLAST, FASTA, GenBank, PubMed and MedLine, entre alguns outros. Ainda nesse sentido, o Biopython apresenta funcionalidades essenciais para a manipulação de dados biológicos, como: Alinhamento de sequências, regiões motivos em sequências, estruturas de proteínas, filogenia, visualização de dados biológicos e genética de populações. Assim, ainda é possível realizar funções atreladas ao fato de que o programa é montado por você, ou seja, permite o uso da criatividade no sentido de automação de processos, ou até mesmo facilitar a entrada e saída de dados biológicos, tendo como funcionalidade da biblioteca a aprendizagem de máquina.
Por fim, é possível potencializar o uso da biblioteca com auxílio de outras bibliotecas que permite a manipulação de dados em DataFrames (modo de armazenamento de dados semelhante à uma planilha) e que permitem a criação de variados gráficos que se adequa a suas necessidades e possibilitam a visualização estatística de seus dados. Tais bibliotecas são Pandas e Matplotlib, respectivamente.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
Mariano, D.; Barroso, J. R.; Correia, T.; de Melo-Minardi, R. C.; Introdução à Programação para Bioinformática com Biopython: 3ª edição, Belo Horizonte, Março de 2016.
MENEZES, Nilo Ney Coutinho. Introdução à programação com Python. São Paulo: Novatec, p. 34, 2010.